segunda-feira, 15 de setembro de 2014

desdenho o que aqui vou escrever. azul, esfumaçado na parte superior, assim começou meu dia. os traços tortuosos marrom escuro, iam se espalhando conforme eu caminhava em meus afazeres banais. esses traços, bem preenchidos e levemente mais finos nas extremidades se destacavam do fundo. era sutil o ponto amarelo infantil, mas pelo menos me trazia um pouco de esperança em momentos inusitados. enquanto eu me servia de salada no restaurante, ao descobrir uma nova fonte de escrita no computador, em meio à textura cansativa e roxo escuro do trabalho no escritório. então você, ele, ela chegou e colocou aquela música que eu nunca tinha escutado, e reparei nos rabisquinhos rosa frenéticos que apareciam aqui e ali e tinham vontade de crescer e ser uma pincelada muito bem servida de tinta. verde, verde, verde, toda noite que chega, verde escuro de saudades, verde claro quando há um alguém que faz esquecer qualquer forma ou traço e te faz apenas refletir luz.